O Apocalipse e a Igreja

Introdução

Lendo o Apocalipse, podemos ver a presença de personagens ativos. Aqui se faz necessário apresentar sobre classe de pessoas, ou seja, qual o tipo de pessoas que está destinado tal profecia. 

Sobre a questão de classe ou grupo de pessoas, Paulo em suas epístolas destaca que Cristo veio tanto para Judeus, como aos gregos (Rm 3.9; 9.24; 1Co 9.20). E que dentro desses dois povos fez um (Ef 2.12-17), ou seja, a igreja. Assim temos em resumo três classes de pessoas: judeus, gentios e a igreja.

No Apocalipse temos a menção de pessoas representadas pela igreja (Ap 1.4; 3.22; 22.16); pelo povo de Israel (Ap 7.4-8; 12.1, 17; 14.1-5); e pelos gentios (Ap 6.15; 11.9; 13.7; 16.8-9; 17.15). Além dos textos bíblicos informados, há outros que os complementam.

Para identificar cada classe, é necessário atentar para as características que cada texto nos apresenta na exposição escrita desses personagens. Os detalhes como fatos, promessas, advertências e outros assim que podemos identificar revelam para quem a mensagem profética está direcionada.

Vejamos sobre a igreja

O próprio texto já a identifica chamando-a de “Igreja” sete vezes , e “igrejas”  doze vezes. Essa igreja seja aprovada ou não, ela tem Cristo como o seu Senhor, diferente de Israel que ainda não O recebeu. Essa é a principal característica vista tanto dentro do Novo Testamento como também dentro do Apocalipse, a igreja já recebeu Cristo como o seu Senhor, mas os selados do capítulo sete ainda não o receberam. Tanto, que Israel será enganada pelo falso cristo “…está onde não deve estar” (Mc 13.14 cf. 2Ts 2.4). 

Não devemos deixar de observar que é dada uma ausência muito nítida do termo “igreja” ou “igrejas” começando do capítulo 4 até o 22 do Apocalipse. Uma pergunta atribula a cabeça de estudantes e intérpretes do por que dessa ausência do uso “igreja” do livro profético nos capítulos informados. Essa ausência é muito significativa para os que têm a visão futurista como base de interpretação. É uma das evidências mais fortes em que a mesma não passará pela chamada grande tribulação, pois ela será tirada do “meio” para que o homem do pecado se revela com toda sorte de poder para o engano (2Ts 2.7-8 cf. Ap 13.13). Podemos acreditar que a igreja não estará na grande tribulação.

Autor,
Carlos F. Guimarães