Lição 1 – A Igreja que Nasceu no Pentecostes

Olá, como gosto muito de ler e escrever, deixo a disposição meus apontamentos sobre essa primeira lição da CPAD.

INTRODUÇÃO

Nessa primeira lição o escritor José Gonsalves diz “A Igreja nasceu no dia de Pentecostes”, essa afirmação podemos entender no sentido prático pois na verdade a igreja nasceu na presciência de Deus “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo…” Efésios 1.4 . Sendo assim, podemos entender que a igreja não é fruto somente de um esforço humano, mas ela é resultado do plano divino ainda na eternidade na mente de Deus, podemos concluir que a igreja é um plano infalível de Deus. Por isso que nunca as portas do inferno poderá prevalecer contra ela.

Sobre a festa de Pentecostes, era uma festa agrícola, onde Israel agradeciam a Deus pela colheita de trigo e outros produtos, comemorada 50 dias após a páscoa. Sendo assim, pelo fato do derramamento do Espírito Santo acontecer justamente nessa festa fez com que isso se tornasse uma distinção das igrejas evangélicas. Ou seja, as igrejas que acreditam na atualidade dos dons Espirituais e Batismo com Espírito Santo são então chamadas de “igrejas pentecostais”. Porém, há muitas igrejas no Brasil que também seguem essa fé mas não carregam esse título em suas placas.

1 – A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. De natureza divina – O que ocorreu em At 2.1-11 mostra-nos uma ação puramente divina, vejamos;
a) houve um som;
b) e esse mesmo som era forte;
c) esse mesmo som encheu todo o lugar;
d) todos começaram a falar línguas diferentes;
e) as grandezas de Deus eram proferidas por meio dessas línguas.

Propositalmente Deus aguardou essa festa para ser um testemunho incontestável para todos: “Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” Atos 2.11

2. Um evento paralelo ao Sinai – nosso escritor faz uma comparação que é nítida, por meio de Moisés e a presença marcante de Deus por meio de fogo e trovões se iniciou uma nova jornada para Israel em rumo a uma promessa terrestre. Já no cenáculo, por meio do Espírito Santo e línguas como que de Fogo se iniciou uma nova jornada da igreja envolvendo os quatro cantos do mundo em direção a promessa celestial.

3. Centrada em Cristo e nos tempos finais – é admirável como Pedro transfere toda admiração do povo em relação as línguas para a pessoa do Senhor Jesus. No final de sua pregação Pedro diz “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes (viram pessoas) e ouvis (falando em outras línguas)” Atos 2:33, ou seja, toda a atenção para as línguas foram direcionadas para Cristo. De forma semelhante em Atos 3.12 em que Pedro transfere toda a admiração de um coxo curado para o Senhor Jesus “…Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nosso próprio poder ou santidade fizéssemos andar este homem?”.

Isso é muito significativo, pois para os apóstolos, o batismo era importante, mas não mais importante que a mensagem da cruz. Isso é um alerta para nós, pois há igrejas e pessoas que as línguas e profecias são mais importantes do que o próprio Cristo. E não somente isso, para outros o cargo ministerial é mais importante, para outros a instituição religiosa é a motivação da própria vida. Há crentes que não conseguem enxergar uma igreja sem língua estranha, eu porém, não consigo enxergar uma igreja sem Cristo sendo o centro dela.

Como diz nosso escritor “Sem a cruz de Cristo, o Pentecostes perderia seu verdadeiro significado, pois não há Pentecostes sem a cruz”.

2 – O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

  1. Promover a verdadeira adoração – em nossa revista consta essa afirmação “As manifestações externas, como o som ou vento e o fogo ocorridas no Pentecostes, prendem nossa atenção. Contudo, não podemos perder de vista o que o Pentecostes produz internamente na vida do crente” e ainda mais diz “Logo, o Pentecostes que não adora não é bíblico”. Exatamente, o som e o vento são coisas externas mas o que de fato está no coração do crente? Mas o que é adoração? Vamos então entender o significado da palavra em si, é necessário recorrer ao grego de onde recebemos essa palavra no nosso português. Assim sendo, no grego é “proskylio” com o significado de beijarprostrar-se em homenagemapresentar reverência. Sendo assim a verdadeira adoração procurada por Deus é aquela “…em espírito e em verdade” (Jo 4.23) ou seja, NÃO depende de lugar ou de músicas, mas da real motivação que agrada a Deus Sl 103.1-3.
  2. Poder para testemunhar – consta em nossa revista “O Pentecostes não foi dado para que os crentes se isolassem, mas para que fossem capacitados a testemunhar e viver no mundo até a volta de Cristo”. O propósito do revestimento de poder foi e é para esse fim, o Senhor Jesus disse e “recebereis virtude (dynamis=poder)…sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, Judeia, Samaria até os confins da terra…”. Ou seja, o poder espiritual nos proporciona força, coragem e crescimento da igreja.

3 – CARACTERISTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO

  1. Uma experiência específica – consta na revista que “Essas pessoas já eram regeneradas, isto é, salvas…”, isso é de fato muito importante de ser falado, pois o revestimento é para possibilitar para homens e mulheres “poder” para fazer a obra de Deus. Salvação e Batismo são obras distintas.
  2. Uma experiência definida e contínua – quando nosso escritor diz que o batismo com Espírito Santo é uma experiência definida, ele está afirmando que há um “padrão”, ou seja, biblicamente falando, é por meio das línguas entranhas que podemos identificar que uma pessoa foi revestida de poder conforme os textos de Atos 2.3; 10.46; 19.16. E quando o escritor fala que é contínua, está dizendo que o batismo é uma promessa que iniciou com a igreja primitiva até os tempos atuais;
  3. As línguas e o amor – “A evidência física e inicial ou sinal do batismo no Espírito Santo foi o falar em outras línguas” esse é um padrão que foi seguido como um indicativo inicial da promessa conforme Pedro disse “derramou isso que vedes e ouvis”. Precisamos entender a diferença, vejamos:
    a) batismo – revestimento de poder para fazer a obra At 1.8;
    b) línguas durante o culto pessoal ou na igreja – para edificação pessoal 1Co 14.14;
    c) amor – é o mais importante, é resultado de uma maturidade cristã onde se ama a Deus e ao próximo 1Co 13.1-13.

CONCLUSÃO

“Como vimos, o Pentecostes marcou o início da era da Igreja”, o crescimento da igreja só foi possível mediante essa experiência definida e contínua. Há uma necessidade tanto pessoal como congregacional de estarmos cheios do Espírito Santo, pois sem Ele não conseguiremos prosseguir em nossa caminhada. Que o Santo Espírito venha nos convencer e nos encher.

Para mais detalhes sobre o propósito das línguas entranhas clique: quero saber mais…

Autor, Carlos Frederico