Epístola aos Gálatas

Introdução

Teologicamente essa epístola é semelhante à epístola escrita aos Romanos no que se refere à fé em Cristo para justificação. Igualmente essa mesma epístola é semelhante a outras duas epístolas escrita aos Coríntios sobre a autoridade apostólica de Paulo. Quando é lida essa epístola direcionada aos Gálatas, o seu autor está admirado ironicamente falando, ou seja, estava decepcionado e indignado. Paulo que Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho… que na verdade não há outro evangelho” (Gl 1.1, 6-7). O apóstolo diz isso devido a um grupo de pessoas que a tudo indica fosse um grupo de judeus que estariam afirmando que é necessário o uso de práticas da lei de Moisés para salvação e santificação “…mas há alguns (crentes judaizantes) que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo” (Gl 1.7; 2.4-5; 3.1; 4.17; 5.10). Sobre esses dos quais não são mencionados os nomes, Paulo diz que sejam malditos (Gl 1.8), aqui nesse verso podemos identificar a indignação do apóstolo. Percebe-se também que a autoridade de Paulo está sendo atacada e o mesmo apóstolo se defende dizendo que o evangelho por ele pregado não é falso “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” (Gl 1.11-12). Ainda nessa epístola Paulo traz uma forte e brilhante luz para os cristãos sobre a nova vida em Cristo.

Aqui Paulo faz diversas afirmações e perguntas invalidando assim o uso da lei mosaica na igreja de Cristo como:

“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo” (Gl 2.16); “…porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão” (Gl 2.21); “…recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” (Gl 3.2); “…Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição” (Gl 3.10); “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.11).

Sobre as tais tradições da Lei, Paulo chama esses ensinamentos judaizantes de uma volta à carne (Gl 3.3); tradições fracas em relação à graça (Gl 4.9); uma volta à escravidão (Gl 5.1) e um obstáculo a fé (Gl 5.7). Mediante a tudo o que foi escrito o apóstolo diz que não sabe o que vai fazer diante da situação espiritual dos gálatas (Gl 4.20), e que novamente ele vai sofrer as mesmas dores de “parto” para que a igreja volte a Cristo (Gl 4.19). Uma das mais belas passagens dessa epístola é sobre o paralelo sobre andar no Espírito e o andar na carne, bem como também sobre os frutos do Espírito e os frutos da carne (Gl 5.16-23) ressaltante assim o resultado de ser uma nova criatura em Cristo Jesus.

Autor

Na epístola começa com a identificação de que seja Paulo como seu autor. A igreja foi fundada na segunda viagem missionária em que o apóstolo atravessou “a Frígia e a região da Galácia” (At 16.6).

Sobre a Galácia

Ficava no centro norte da Ásia Menor que atualmente é a Turquia. Na ocasião dos tempos de Paulo, essa região era administrada por Roma.

Autor,
Carlos F. Guimarães