LIÇÃO 13 CPAD – ASSEMBLÉIA DE JERUSALÉM

Conceito: O termo assembleia vem do latim assimulare /assimulare com o significado de ajuntar ou reunir.

INTRODUÇÃO

Com o avanço da igreja agora em terras gentílicas começou a ocorrer surgimento de confrontos de natureza doutrinários e de costumes. O confronto foi a vida cristã versus práticas judaizantes. O tema do confronto foi “Se vocês não forem circuncidados segundo o costume de Moisés, não podem ser salvos” At 15.1. Paulo então o grande defensor do tema “pela graça sois salvos” não aceitou essa doutrina.

Devido a questão doutrina não ser resolvida em Antioquia foi necessário irem todos os representantes para Jerusalém para que a questão da Circuncisão fosse analisada pelos apóstolos.

Liderança da igreja de Jerusalém – dos conhecidos temos dois nomes muito conhecidos que são, o apóstolo Pedro e Tiago irmão do Senhor, esses dois estavam nessa reunião e foram decisivos para resolver a questão.

I – A QUESTÃO DOUTRINÁRIA

1.Relatório missionário – Paulo e Barnabé deram o relato da primeira viagem missionária dando a entender que Deus operou por meio deles sem a necessidade de circuncisão e que o evangelho era a mensagem da graça e não da Lei.

  1. Legalismo judaizante – a igreja em seu início em Jerusalém em sua maior parte era formada por judeus e muitos deles eram oriundos do movimento dos fariseus, saduceus, herodianos e zelotes. A questão sobre a circuncisão era imposta por um grupo de cristãos/fariseus. Resolver essa questão era crucial pois se não a igreja seria dividida devido uma questão doutrinária.

II – O DEBATE DOUTRINÁRIO

  1. Uma questão crucial – na igreja de Jerusalém havia um forte grupo que defendia que “guardassem a lei de Moisés” (At 15.5) pois no entendimento deles “sem a observância da lei, ninguém podia se salvar”. Pedro a figura mais conhecida entre os apóstolos deixa seu parecer que por meio de sua experiência na casa de Cornélio não foi necessária circuncisão para a salvação dos gentios (At 10 e 11).
  2. A experiência do Pentecostes na fé dos gentios – nosso escritor diz “O derramamento do Espírito sobre os gentios, anos antes, em Cesareia, na casa de Cornélio (At 10), havia sido uma experiência objetiva, física e observável por todos os presentes ali (At 10.44-46; At 2.4)”. Ou seja, Pedro e Paulo nessa assembleia deixam bem claro que o ato de circuncidar não fazia parte das ordenanças do Senhor Jesus, pois nos evangelhos a ordem era pregar o evangelho e o batismo nas águas.
  3. A fundamentação profética da fé gentílica – na revista consta esse feliz comentário “Enquanto Pedro recorreu à experiência do Pentecostes como sinal de validação da fé gentílica. Por outro lado, Tiago, o irmão do Senhor Jesus, recorre às profecias para fundamentar sua defesa da aceitação dos gentios na Igreja. São duas coisas que devem andar juntas, uma é a Palavra de Deus e a outra seria a experiência prática, sendo a primeira a mais importante.

 

III A DECISÃO DA ASSEMBLÉIA DE JERUSALÉM

1. 0 Espírito na Assembléia – para muitos o livro de Atos deveria ser chamado também de Atos do Espírito Santo pois sua manifestação é nítida. Alguns escritores falam que o Antigo Testamento revela a pessoa de Deus, nos Evangelhos revela a pessoa do Filho, e em Atos mostra a Pessoa do Espírito Santo.

Nesse presente concilio a fala dos apóstolos é incrível, eles dizem “…pareceu bem ao Espírito Santo e a nós…” At 15.28, ou seja, a participação do Espírito Santo nessa decisão foi significativa. Outro detalhe importante é que o Espírito Santo é citado primeiro “pareceu bem ao Espírito (o Espírito primeiro) e a nós (depois o homem).

2. A orientação do Espírito na Assembléia – o texto de Atos não deixa claro como foi essa participação do Espírito Santo, se foi por meio de sonhos, profecias, visões ou por uma paz no coração de cada participante diante da decisão, mas o que fica evidente é que não era Pedro ou Paulo, havia de forma expressiva a participação do Espírito Santo.

3. O parecer final da Assembleia – em nossa revista consta o seguinte comentário “Depois dos intensos debates, o parecer da Assembleia foi de que os gentios deveriam se abster “das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação” (At 15.29)”. A decisão foi que a igreja não precisaria adotar a prática da circuncisão com norma de fé e prática. A decisão foi motivo de grande alegria para toda a igreja conforme Atos 15.31.

CONCLUSÃO

O livro de Atos nos mostra que os problemas dentro da igreja é uma consequência de seu crescimento e todos devem ser identificados e tratados. Nessa presente lição de número 13 fica a lição preciosa que a liderança local depende de uma liderança maior para resolver problemas que envolve a igreja de Jesus, e esses problemas só poderão ser resolvidos mediante a presença de homens e mulheres sábios e a presença expressiva do Senhor Espírito Santo.