A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

Para ser realmente ”um deus”, deve-se ter por natureza atributos divinos, tais como a imortalidade, a eternidade, que tenha a onipotência, a onisciência, a onipresença, que tenha o conhecimento e a sabedoria de tudo e que seja perfeitamente santo. Não temos na humanidade alguém assim, nem os santos anjos, nem mesmo o diabo e seus demônios podem suprir essas exigências. É verdade que os anjos são imortais, mas não tem a imortalidade por natureza, nem a onipresença, nem a onipotência, ainda que sejam mais poderosos que os homens, ainda sim são seres limitados. Sendo assim, ao estudarmos sobre a pessoa do Espírito Santo temos de forma clara, bíblica e 100% lógica que o Espírito Santo é Deus e supri todas as exigências divinas por natureza. Notamos o seu poder e sua presença em toda a história israelense e da igreja de Cristo

O homem tem o que chamamos de ser pessoal, individualidade, capacidade de raciocínio e vontade própria, porém, o Espírito Santo também tem a sua personalidade, individualidade, porém é como Deus, e acima de tudo tem por natureza os atributos divinos. Vejamo-los:

a) Ele é Onipotente – O que mostra o poder do Espírito Santo como onipotente é o fato D’le ter estado presente e participativo na obra da criação da terra (Gênesis 1:2; Jó 26:13; Salmos 33:6; 104:30); na criação do homem (Gênesis 2:7-8; Jó 33:4) na sustentação da terra ( Jó 26:7); em gerar no ventre de Maria o Cristo encarnado sem participação de relacionamento sexual com José e nem precisaria da moderna medicina que temos hoje (Mateus 1:18-20-25); e em ter ungido Jesus para realizar curas (Lucas 4:18-19; 5:17; Atos 1:8; 10:38); em ter poder de ressuscitar o corpo de Cristo (Romanos 8:11) e ainda assim, vai ressuscitar e glorificar todos os corpos dos cristãos para o arrebatamento da igreja (I Coríntios 15:51-52; Efésios 4:30). Isso com certeza são provas infalíveis do poder que o Espírito Santo tem.

b) Ele é Onipresente – Ele está presente em todo lugar (Salmos139:7-10); uns dos seus símbolos é o vento que mostra sua presença em toda a terra. Sendo o Espírito Santo um, não importa quantos cristãos exista no mundo, cada cristão é sua morada particular (João 14:16; I Coríntios 3:16; I João 4:13). Isso mostra tanta sua onipotência como sua onipresença. Ele tem por natureza esse poder.

c) Ele é Onisciente – Tem o conhecimento de tudo e sabe tudo o que se passa, até as profundezas de Deus (I Coríntios 2:10), mistérios são revelados aos seus servos que cumprem com seu ministério (João 14:26; 16:13; Efésios 3:5-6), o Espírito sabe e mostra ainda as que há de acontecer nos últimos dias (I Timóteo 4:1).

d) Ele é Eterno – Como já foi mencionado, Ele é eterno (Hebreus 9:14). O Espírito Santo já era antes da criação do mundo, do homem e de qualquer criatura criada. É eterno por natureza mesmo isso sendo de difícil compreensão humana.

e) Ele é Deus – Sendo eterno, onisciente, onipotente e onipresente isso é uma forte declaração de sua pessoa divina. A escritura o chama de Senhor (II Coríntios 3:17) e diz que Ele é um junto ao Pai e ao Filho (I João 5:7). Pedro diz que Ananias mentiu para o Espírito Santo (Atos 5:3-4).

Como já foi dito, o homem tem sua personalidade, mas não tem a divindade e nunca a terá isso é algo que só Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo têm por natureza.

Não vamos ficar só no estudo de sua pessoa divina, mas é bom analisar sua manifestação pessoal em cada cristão.

O Espírito Santo se manifesta ainda seus atributos morais

 

Ele manifesta tem sentimentos, isso não deve ser interpretado como se o Espírito tenha pecado, pois muitos homens e mulheres têm os mesmos sentimentos, e pelo fato de serem pecadores necessitam de serem amados, perdoados, consolados pela sua tristeza. O Espírito Santo amar, tem comunhão com a igreja, consola e manifesta sua bondade pelo fato de não carecer de ser amado, mas por que ama como o Pai, e esse sentimento é perfeito e santo, ou seja, sem mistura de imperfeição alguma.

a) Amor (Romanos 15:30) – O Espírito ama o cristão, e derrama o amor de Deus nos corações (Romanos 5:5); e faz com que o filho de Deus venha vivenciar seu fruto que é o amor (Gálatas 5:22).

b) Comunhão (I Coríntios 13:13; Efésios 4:3; Filipenses 2:1) – A morada de Deus é o céu e de Jesus ressurreto a sua direita, o Espírito Santo sempre é identificado nas escrituras estando no meio do povo de Deus. O Espírito está entre os homens para convencer do pecado (Gênesis 6:2; João 16:8); depois para ministrar o amor de Deus aos corações sedentos de consolo.

c) Consolador (João 14:16-26; 15:26; 16:7) – O Espírito é um companheiro para o crescimento da igreja; consola nas lutas (I Tessalonicenses 1:6), consolador aqui significa estar lado a lado na caminhada cristã.

d) Ele é Bondoso (Neemias 9:20) – Ele ministra sua bondade e prontidão para aqueles que anseiam por Deus.

O Espírito Santo manifesta através de milagres

Nunca será mérito humano realizar curas e milagres, é o fato de uma pessoa ser ungida pelo Espírito para uma determinada obra que os milagres acontecem. O Espírito manifestou seu poder pelo diferentes homens.

a) No Ministério de Jesus (Lucas 4:18; 5:17; Atos 10:28) – Jesus sendo Deus, também estava na condição de homem, porém, sem pecado, teve em seu ministério terreno a unção do Espírito para desempenhar um ministério de milagres e a pregação do reino.

b) No Ministério de Pedro e os apóstolos (Atos 2:43; 5:12; Hebreus 2:4) – Eles tiveram o revestimento de poder, foram ungidos não com unção humana mas ungidos com o próprio Espírito Santo (Atos 1:5-8), para realizarem uma obra que começaria com doze, e com o passar do tempo se multiplicaria pelo fato do Espírito continuar essa obra de redenção dos pecadores.

c) No Ministério de Felipe, o evangelista (Atos 6:3; 8:6-8-13) – Uma das exigências para o diaconato colocado pelos apóstolos era que tinham que ser cheios do Espírito Santo. Isso explica bem o êxito que teve esse evangelista na manifestação de curas e libertação de demônios.

d) No Ministério de Estevão (Atos 6:3-5-8-10) – Foi o ministério mais curto que a Bíblia registra, mas com a unção do Espírito Santo Estevão exerceu um poderoso e influente ministério de pregação e milagres. Há homens que viveram mais do que Estevão, pregaram mais do que ele, porém, não experimentaram o que esse humilde diácono experimentou da maravilhosa unção do Espírito.

e) No Ministério de Paulo (Atos 19:11-12; Romanos 15:19; II Coríntios 12:12) – Seu ministério não foi só em palavras inspiradas pelo Espírito, mas em poder. Cada igreja levantada tinha o testemunho da mensagem do evangelho e dos sinais do apostolado de Paulo.

 

O Espírito Santo não é uma força, ou poder, ou energia. Para entender isso Ele se manifesta em atitudes como pessoa

 

Há séculos é dito por alguns que o Espírito Santo é uma força, uma influencia, uma mera energia emanada de Deus. Mas isso de maneira nenhuma é verdade. Na santa Escritura vemos que o Espírito Santo age como uma pessoa age, porém sem pecado.

a) Ele pensa (Romanos 8:27; I Coríntios 2:10-11) – O Espírito Santo não é como um tolo que fala ao vento, Ele é útil e indispensável a vida cristã, Ele pensa no melhor para os filhos de Deus, pois Ele sabe da individualidade de cada um com seus problemas e chamados para o ministério.

b) Fala aos servos de Deus (Lucas 2:26; Atos 10:19-20; 11:12; 20:23; I Timóteo 4:1) – Como Ele pensa, logo Ele fala, e o ato de falar é sempre em benefício em gerar a vida de integridade do cristão. Com base nos versículos acima, Ele fala dos propósitos de Deus; mostra o futuro e prepara os servos de Deus para a batalha do reino. É bem verdade que não podemos resumir o falar do Espírito, Ele fala, insiste, usa vários meios, porém, a sua comunicação com o cristão nunca será para gerar confusão nem para a prática do pecado, isso não é de sua natureza.

c) Tem desejos (Romanos 8:5; Gálatas 5:17) – Ao analisar os referentes versículos, o caro leitor entenderá que a carne tem seus desejos que obviamente são terrenos, materiais, imorais, frutos do pecado. Já o Espírito deseja o que é bom, agradável para a sociedade em geral e ainda, que provem dó do céu. O homem só tem duas escolhas, se estará sujeito a sua carne ou ao Espírito Santo. Sendo assim, entende-se que o Espírito tem desejos, provando que não é uma força ou energia, pois tem a sua vontade.

Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas o que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.

Na versão almeida corrigida.

d) Escolhe pessoas para o Ministério (Atos 13:2-4; 20:28) – O Espírito Santo escolhe pessoas para a execução da obra de Deus aqui na terra. O ministro de entender que o Espírito Santo é seu leal companheiro na jornada.

e) Ungi os servos de Deus (Juízes 6:34; I Samuel 16:12-13; I Reis 19:15-16) – Assim como nós elegemos pessoas para uma determinada situação ou para uma responsabilidade, o Espirito Santo também escolhe pessoas para um determinado fim. Desde o Antigo Testamento Ele esteve presente para a execução dos planos divinos.

f) Pode ser entristecido (Isaías 63:10; Efésios 4:30; I Ts 5:19) – Esse exto não pode ser interpretado como se Ele fosse um ser fraco sentimentalmente. Essa tristeza que o Espírito Santo senti não é por que Ele sinta a dor do pecado. Quando as escrituras nos revelam que o Espírito se entristece, quer dizer que, Ele por ser santo não se agrada dos pecados cometidos, e Ele sabe que toda pessoa que comete pecado e vive no pecado não terá um final feliz.

Como não ficar triste com isso?

g) Ajuda o cristão em suas orações e intercede (Romanos 8:26-27; I Coríntios 14:14-15) – A diferença entre o ministério intercesório de Cristo e do Espírito Santo é que, Jesus intercede por nós diante de Deus no céu (Romanos 8:34; Hebreus 7:25; 8:1; 9:24; I João 2:1). O Espírito já é revelado na escritura mais próximo do cristão, Deus sonda o coração do crente e entende a intenção do Espírito. Além de o Espírito interceder, ajuda o cristão de como deve orar. Faço questão de lembrar que somente três pessoas podem interceder por alguém: Senhor Jesus, o Espírito Santo é um amigo que dirige a Deus a sua oração a favor de outrem. Deus é o único que não intercedo por ninguém. É necessário dizer que esse versículo de Romanos 8:26-27 não é uma contradição ao ensino de Jesus em seus discípulos dirigir oração a Deus no nome D’ele (Jesus), e também não é contradição com o ensino de Paulo a sua I Timóteo 2:5, que só Jesus é o nosso intermediário para chegarmos a Deus que é verdade. O fato de Paulo dizer que o Espírito intercede pelos santos entra em harmônio quando Jesus disse que enviaria ”outro consolador” João 14:16. Como Jesus intercede, assim também o Espírito Santo executa a mesma função. É válido lembrar também que o Espírito Santo tem o poder de interceder segundo a vontade de Deus (Romanos 8:27), mas a obra de salvar só está em Cristo Jesus (Atos 4:12).

h) Ensina (João 14:26; I Coríntios 2:13) – É um mestre por excelência, pois foi ele que inspirou a escrita das escrituras (I Timóteo 3:16; II Pedro 1:20-21); lembra as palavras do Senhor Jesus (João 14:26); ajuda a entender as escrituras (Hebreus 9:8); dá sabedoria para os servos de Deus (Atos 6:10).

i) Guia (Gálatas 5:18) – O Espírito veio para estar lado a lado com o cristão, é por isso que um de seus nomes é Consolador. Guiar o cristão numa vida integra, fiel, pacífica e cumprondo a vontade do Pai celeste. O presente versículo fala que quem é guiado pelo Espírito seu viver é diferente devido ao seu caráter ser regenerado (Gálatas 5:22).

j) Distribui dons espirituais (I Coríntios 12:11) – Depois que o Espírito guia o novo crente para uma vida integra, logo o Espírito o prepara para o ministério. E para que seu ministério tenha êxito, o Espírito lhe dá dons espirituais para possa exercê-los em seu chamado.

Com o que foi estudado acima com as devidas referências explanadas, fica mais do que claro que o Espírito é uma pessoa e não uma influência ou energia, mas sim Deus.