A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Podemos dividir a obra do Espírito Santo no Antigo Testamento em dois aspectos principais: 1) sua obra na criação; 2) o ministério dinâmico desempenhado por vários personagens sob a sua graça. É importante saber que sua obra no Antigo Testamento é bem diferente em vários aspectos em relação ao Novo Testamento; pois enquanto o Espírito estava destinado somente ao povo israelita e seus lideres, já no Novo Testamento o Espírito veio sem medida, de forma abundante não só para uma raça, classe ou cor, mas para todos os que recebem Jesus como Salvador e Senhor. Mas mediante a esse capítulo, o leitor pode ficar surpreendido, pois, a obra do Espírito Santo no Antigo Testamento é surpreendente pelo seu poder revelado em muitas ocasiões.
1 – O Espírito Santo e a criação – Ele teve plena participação na criação de todas as coisas, seja animais, homens e obra espirituais.
a) Criação do mundo – As escrituras são claras em revelar que as três pessoas da trindade tiveram participação na criação não só do mundo mas do ser humano também; diz que Deus criou (Gênesis 1:1); que Jesus criou (João 1:1-3; Colossenses 1:15-17). O Espírito Santo teve atuação na ciração dos céus e da terra, no livro de Jó há uma passagem significativa sobre sua criação: ”pelo seu Espírito, ornou os céus” (Jó 26:13). O salmista diz: ”pela Palavra do Senhor foram feitas os céus, e todo o exercito deles pelo espírito de sua boca” (Salmos 33:6). O Espírito não somente cria, mas também renova todas as coisas criadas; no Salmo 104:10-29 vemos uma lista das obras que o Espírito desempenha na face da terra, e no verso 30 diz o salmista o seguinte: ”Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.” (Salmos 104:30). Isto é, todo o contexto do salmo 104 é uma obra que o Espírito faz sobre a face da terra. O planeta terra está suspendida sobre o nada (Jó 26:7), e quem está sustentando é o Espírito de Deus.
b) Criação do homem – O Espírito teve participação na criação do homem, a primeira declaração da trindade está assim: ”Façamos o homem à nossa imagem e conforme nossa semelhança” (Gênesis 1:26). O texto é claro em revelar que quem está falando é Deus, porém, Ele mesmo faz uso da palavra ”façamos”, ou seja, ‘vamos juntos fazer o homem” mostrando a participação do Filho e do Espírito na criação do homem. No livro de Jó está escrito da seguinte forma: ”O Espírito do Senhor me fez; e a inspiração do Todo-poderoso me deu vida” (Jó 33:4). Isso mostra a realidade D’ele como pessoa e como Deus onipotente.
O Ministério dos personagens sob a graça do Espírito Santo – Ao analisarmos esse tópico, percebemos que tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, a vocação para fazer a obra de Deus através do poder do Espírito é de forma muito diversificada. Diferentes homens e mulheres, em diferentes épocas, em diferentes chamados, situações e personalidades diferentes são usados pelo Espírito com um diferencial particular, ou seja, somente Davi foi usado de uma forma, enquanto Gideão foi usado de outra, como nenhum deles foi igual a Sansão, que em seu ministério foi sem igual à de todos; o Espírito veio sobre ele para dar força física, enquanto outros foram usados em dons de visões e oratórias. Sendo assim, vejamos os principais ministérios do Antigo Testamento:
a) O Espírito Santo sobre a vida de José – Foi notável a presença do Espírito de Deus sobre esse jovem longe da terra de seus pais.
”Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?. Depois disse Faraó a José: Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu. Administrarás a minha casa, e a tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tú” (Gênesis 41:38-40).
José, cujo nome provavelmente significa ”que Deus acrescente”, era o décimo primeiro filho do patriarca Jacó. Seu nome reflete bem o papel de sua vida na nação de Israel, pois foi o agente de Deus na preservação e na prosperidade de seu povo no Egito durante o período de fome na terra de Canaã. Essa prosperidade levou os hebreus à condição de nação 400 anos mais tarde no Êxodo. José veio de uma família de ”sonhadores”, ou seja, seus avôs tiveram sonhos, visões e diferentes experiências com Deus. Abraão recebeu a Palavra do Senhor em visão (Gênesis 15:1-12); sem falar do pai de José, Jacó, que teve dois sonhos significativos, o primeiro foi na terra de Harã (Gênesis 15:1-12), o segundo foi quando estava como empregado de Labão (Gênesis 31:5-13), e com certeza Jacó contava esses sonhos que teve em sua juventude para seus filhos. Não há nenhum registro em que os demais irmãos de José tenham tido sonhos semelhantes.
1º Sonho com molhos no campo
”Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o odiavam ainda mais. E disse-lhes: Ouvi, peço-vos,, este sonho, que tenho sonhado: Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho. Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o odiavam por seus sonhos e por suas palavras.” (Gênesis 37:5-8).
2º Sonho com Sol, Lua e Estrelas
”E sonhou ainda outro sonho, que contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste: Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra? Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.”(Gênesis 37:9-11).
Ao notarmos os sonhos percebe-se a dimensão da obra que Deus iria fazer por meio desse jovem. Duas manifestações do Espírito de Deus veem na vida de José conforme os versos acima: 1) Deus revelou-se a José por meio de sonhos executado pelo Espírito de Deus; 2) Deus dotou José de sabedoria pelo Espírito Santo. Sabedoria para administrar. A quem Faraó iria encontrar capaz de tão importante tarefa.? A pergunta do rei foi: ”Acharemos, porventura, homem como este, em que há o Espírito de Deus?” (Gênesis 41:38). Certamente Faraó, olhando para José, disse: ”Se o Espírito de Deus tem mostrado a este jovem a interpretação dos meus sonhos, poderá dotá-lo de sabedoria para qualquer emergência.” De fato, o Espírito de Deus dera à José, sabedoria divina para administrar.
Assim, o jovem José, pelo Espírito, tomou encargo de economia do Egito, administrando os negócios do reino com toda autoridade e com muita eficiência. José salvou da morte milhões de vidas.
b) O Espírito Santo sobre a vida de Moisés – Esse homem foi notável em sua maneira de viver e de servi. Seu ministério foi mais glorioso de qualquer outro homem na face da terra; Moisés só fica abaixo de Jesus, que teve um ministério mais do que excelente. Quando falamos que Moisés foi mais notável do que todos os demais, refiro aos milagres, as visões, as responsabilidades, sua importância na história do povo hebreu. Enquanto Abraão teve como destaque de sua as promessas e sua fé, Moisés teve em destaque em sua vida, em ser uma peça chave nas mãos de Deus para que as promessas feitas a Abraão tivessem cumprimento. A vida de Moisés foi deferente desde seu nascimento até sua morte. Mau nasceu e já era perseguido (Êxodo 1:22), e em sua morte, o diabo tentou ter posse do corpo de Moisés, foi preciso o Arcanjo Miguel impedi-lo de gazer tal coisa (Judas:9); e após sua morte Moisés teve uma conversa com Jesus no monte da transfiguração (Mateus 17:1-3).
Moisés tinha em seu ministério o poder do Espírito Santo, veja os textos abaixo:
”E disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, de quem sabes que são anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali se porão contigo. Então, eu descerei, e ali falarei contigo, e tirarei todo Espírito que está em sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu sozinho o não leves.” (Números 11:16-17).
”Então, o Senhor desceu fina nuvem e lhe falou; e tirando do Espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois, nunca mais.” (Números 11:25)
O Espírito o habilitou para ser líder eficaz, pois, toda lei veio por meio de seu ministério, bem como a construção do tabernáculo estava sob sua responsabilidade porque Deus lhe tinha mostrado o modelo no monte. Seu ministério foi um marco na história do povo eleito, veja seus aspectos abaixo:
- Teve uma comunhão mais excelente que todos os que vieram antes e depois dele (Números 12:4-9; Êxodo 33:18-23);
- Os maiores milagres aconteceram no decorrer de sua vida (Deuteronômo 34:11-12);
- Deus somente falou de forma audível com Moisés no meio de todo o Israel (Êxodo 19:19); isso só veio acontecer de novo com Jesus onde as pessoas também ouviram a voz do Pai (Mateus 3:17);
- Teve sabedoria para liderar (Êxodo 17:15-17);
- É chamado de o legislador pelo fato da lei vier por meio de seu ministério (Êxodo 20:21);
- Teve a responsabilidade de receber e executar o projeto de construção do tabernáculo (Êxodo 25:9; Hebreus 9:23-24);
- Falou sobre o profeta que havia de vir (Deuteronômo 18:15-18);
- Depois de sua morte não houve alguém como ele entre o povo israelita (Deuteronômo 34:11-12).
Enquanto o Espírito veio sobre José para ser um habil administrador, o mesmo Espírito veio sobre Moisés para liderar o povo de Canaã.
c) O Espírito Santo sobre a vida de Bezalel – É admiravél o papel desse homem logo após a saída do povo israelita do Egito. A escritura só nos fala sobre seu papel profissional na construção do tabernáculo.
”Depois, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito e Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício, para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor. E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado, a saber, a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o propiciatório que estará sobre ela, e todos os móveis da tenda; e a mesa com seus utensílios, e o castiçal puro com todos os seus utensílios, e o altar do incenso; e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com sua base; e as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio; e o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário; ficarão conforme tudo que te tenho mandado.”
(Êxodo 31:1-10)
Bezalel do hebraico significa ”sob a proteção de Deus”. Da tribo de Judá, era filho de Uri e neto de Hur (Êxodo 31:2; II Crônicas 2:20). Conforme nos versos acima, foi indicado pelo próprio Senhor para trabalhar na construção do tabernáculo. Deus já havia para o grande líder Moisés o modelo de como seria o tabernáculo e todas as peças que nele haveria (Êxodo 25:9-40); no entanto não seria Moisés que iria construir, pois jas em seus ombros a responsabilidade de cabeça de todo o Israel. Sem dúvida, Bezabel possuia a habilidade desses serviços a qual foi colocado, como trabalhar com metais preciosos, marcenaria e mesmo a tapaceria, porém, o Espírito do Senhor o revestiu de maneira mais excelente para esse ministério tão importante (Êxodo 31:1-10; 35:1-6; 36:1-4). Se ele já possuia tais dotes naturais, recebeu do Senhor uma sabedoria mais elevada, pois não faria o que já existia na terra, mas materializaria o modelo celestial a qual Moisés viu no monte (Êxodo 25:9-40; Hebreus 8:5). O Espírito habilitou Bezalel para desempenhar as referidas obras regostradas no livro de Êxodo;
- Projetar e desenhar como mestre a obra mais engenhosa;
- Trabalhar com ouro, prata e cobre;
- Trabalhar com pedras e lapida-las conforme seus desenhos (Êxodo 28:11; 35:35);
- Trabalhar com madeiras pra fazer tábuas e colunas (Êxodo 31:5; 35:33; 36:20-33);
- Trabalhar com cortinas (Êxodo 36:8-19);
- E como mestre teve a sabedoria de ensinar os demais que o ajudariam na construção do tabernáculo (Êxodo 35:34).
Bezalel foi responsável pela criação da arca da aliança; o propiciatório; o candelabro; o lavatório; a mesa dos pães; o altar do incenso; a produção do óleo que seria usado para ungir e para as lâmpadas do candelabro; a criação das cortinas; as vestes sacerdotais nos seus mínimos detalhes.
A palavra de Deus é muito clara quando fala que toda essa habilidade se deu pelo fato do Espírito Santo ter enchido Bezalel de sabedoria e conhecimento (Êxodo 35:31). Seu ministério foi de grande importância para a liderança de Moisés e para os serviços sacerdotais que seriam realizados por Arão e seus filhos.
d) O Espírito Santo sobre a vida de Josué – Os juízes serão semelhantes a Josué, pois, o Espírito de Deus veio a ele para incumbi-lo não de levar até a terra, mas de conquistá-la, pois a terra prometida já estava bem diferente, era responsabilidade de Josué agora ser o conquistador. A diferença é essa, Josué teve o Espírito para ser o líder espiritual e militar do povo; representante do povo diante de Deus e do sumo sacerdote Eleazar.
Um pouco de sua história é assim, semelhante a de Moisés. Josué liderou o povo na travessia do rio Jordão (Josué 3:4), executou a circuncisão e celebrou a páscoa (Josué 5); liderou o exército na conquista de Jericó (Josué 6); identificou e puniu o pecado de Acã (Josué 7); liderou a vitória sobre Ai (Josué 8); e sobre a coalizão do sul (Josué 10) e do norte (Josué 11). Sobre sua pessoa diante de Deus, ele recebeu orientações divinas para a organização do povo (Josué 1:1-9); a travessia do rio Jordão (Josué 3:7-8; 4:1-3-15-16); a conquista de Jericó (Josué 6:2-5) e renovou a aliança de dedicação (Josué 24). Sua vida foi realmente semelhante a de Moisés na área ministerial, e só com o Espírito Santo para desempenhar tão importante papel diante de Deus e dos homens.
e) O Espírito Santo sobre os juízes – Logo após a morte de Josué, levantou-se uma outra geração que não conhecia ao Senhor em ter experiências com Ele.
O texto abaixo nos traz o seguinte relato:
”E serviu o povo ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué e viram toda aquela grande obra do Senhor, a qual ele fizera a Israel. E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor , nem tampouco a obra que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins. E deixaram o Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles, e provocaram o Senhor à ira. Porquanto deixaram ao Senhor e serviram a Baal e a Astarote. Pelo que a ira do Senhor se ascendeu contra Israel, e os deu na mão dos roubadores, e os roubaram; e os entregou na mão dos seus inimigos ao redor; e não puderam mais esta em pé diante dos seus inimigos”
(Juízes 2:7-10-14)
Nessa ocasião se fez necessários homens que fossem semelhantes a Josué, pois o povo seria afligido pelos seus inimigos por desobedecerem a Deus e servi a outros deuses. Nesse decorrer da história, quando o povo clamava a Deus por ajuda e libertação Deus levantava um libertador revestido com seu Espírito.
”E, quando o Senhor lhes levantava juízes, o Senhor era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se arrependia pelo seu gemido, por causa dos que os apertavam e oprimiam.”
(Juízes 2:18)
Esses juízes a qual Deus levantava não eram homens chamados para o ministério profético, nem de reinados, ou para o serviço no tabernáculo. Os juízes eram chefes militares, sempre estavam junto a guerras, para libertarem Israel da opressão. Foram vários anos em que Deus usou esses homens para uma função diferente, porém, com a graça do Espírito para a batalha. Temos os personagens que foram instrumentos de Deus para libertação de seu povo, como: a) Débora era profetiza, julgava Israel debaixo de uma palmeira e encorajou Baraque para a guerra (Juízes 4:4-5-6-9); b) Otniel é rigistrado como o primeiro juiz (Juízes 3:9), a escritura fala claramente que veio sobre ele o Espírito do Senhor e após isso saiu a peleja (Juízes 3:10); c) Gideão, é um dos mais comentados da bíblia, e no próprio dos Juízes é bem exposto sua história, foi uma dos mais notáveis juízes de Israel e teve sobre sua vida o Espírito Santo (Juízes 6:34); d) Jefte é considerado o nono juiz de Israel, homem de guerra, teve sobre sua vida o Espírito do Senhor (Juízes 11:29); e) Sansão é o juiz que a escritura mais fala sobre o Espírito vindo sobre ele por varias vezes (Juízes 13:25; 14:6-19; 15:14), foi assim por vinte anos (Juízes 16:31). O mais interessante é como o Espírito usou Sansão como juiz, ele venceu sem armas e sem soldados a quem pudesse chefiar. Temos então no livro de Juízes a manifestação do Espírito de forma dinâmica, usando homens não como profetas, mas usando-os em batalhas com outras nações.
f) O Espírito Santo sobre os reis – Por que o Espírito Santo sobre os reis? A resposta a essa pergunta está na declaração que Deus faz ao profeta Samuel:
”Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o Senhor que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou‘
(I Samuel 13:14)
Como o texto diz, o rei deveria ser segundo o coração de Deus, ou seja, que fizesse o que era reto aos olhos de Deus. Quando um rei não segui a vontade de Deus nada no povo irá bem, por isso que temos nos livros dos Reis e de Crônicas reis tementes e impios. Sendo assim, os três primeiros resis de Israel tiveram a presença do Espírito de Deus: a) Saul recebeu o Espírito Santo (I Samuel 11:6); b) Sobre a vida de Davi (I Samuel 16:13); c) e sobre seu filho Salomão (II Crônicas 1:12).
g) O Espírito Santo sobre os profetas – Os profetas eram mensageiros de Deus, anunciavam o arrependimento e falavam sobre a iminência do juízo de Deus. Eles eram homens que tinham o Espírito do Senhor para terem revelações, interpretar sonhos, executar milagres e entregar a mensagem aos reis. Faremos um breve resumo dos principais profetas sob a graça do Espírito de Deus.
Profeta Samuel
Samuel foi o elo de ligação entre a época dos Juízes aos primeiros reis de Israel. Filho de Elcana da tribo de Levi, sua mãe é uma das mulheres mais admiradas das escirturas, Ana. Antes de nascer, Samuel já tinha sido prometido ao Senhor, pois sua mãe Ana era estéril, e pedindo um milagre de um filho varão o dedicaria interalmente ao Senhor. Desde então muito cedo Samuel começou a servir ao Senhor, ele era totalmente diferente dos filhos de Eli (I Samuel 2:12). Samuel desde a infância tinha adquirido bom testemunho do todo o povo pois ”todo o Israel desde Dã ate Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (I Sameul 3:20). Samuel foi levantado em um tempo de crise na história israelita, pois ”a palavra era muito rara naqueles dias; e as visões não eram frequentes” (I Samuel 3:1); ele serviu ao povo de Deus como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juíz (Atos 13:20), e o primeiro profeta de uma (Atos 3:24). O Espírito fez com que Samuel exercece um ministério em que ele conduziria o povo eleito a ser fiel a Deus (I Samuel 7:1-17).
Profeta Elias
Nada sabemos sobre sua família ou infância. O profeta Elias não foi do tipo que escreveu um relato da história israelita, nem que teve visões apocalípticas, nem que profetizou sobre o fim do mundo, porém, seu ministério como profeta com a graça do Espírito Santo foi destacado no decorrer da história do livro de Reis. Sua mensagem foi diretamente para aqueles que tinha o poder sobre a nação; falou sobre seus pecados (I Reis 18:17-19; 21:17-29; II Reis 1:1-4); teve sinais notórios em seu ministério (I Reis 17:1; II Reis 1:9-12; 2:8); fez um forte desafio aos profetas de baal e mostrou para o povo judeu que só o Senhor é Deus (I Reis 18:20-40). Isso se deu pelo fato de Elias ter em sua vida o Espírito do Senhor em seu ministério (II Reis 2:9).
Nos faltaria tempo para poder expor todos os personagens históricos que foram usados poderosamente pelo Espírito Santo para desempenharem o ministério dado pelo Senhor.